novembro 12, 2009

Especialista diz que chance de raio ter provocado blecaute é mínima



O Instituto Nacional de Pesquisas Espacias (INPE) concluiu que é mínima a chance de um raio ter provocado o blecauteque atingiu o país na terça-feira (10), ao contrário do que afirmou o Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (11), Lobão afirmou que o apagão que afetou 18 estados foi consequência de raios, ventos e chuva na região de Itaberá, em São Paulo.

O coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica do Inpe, Osmar Pinto Junior, explicou que cada uma das quatro linhas de transmissão de Itaipu a São Paulo foi avaliada individualmente pelo sistema do Inpe. Esse sistema foi desenvolvido após o apagão de 1999, quando um raio também foi apontado como culpado pelo problema - o que foi desmentido por técnicos cerca de dois meses depois.


O especialista ressalta que em três linhas, com certeza absoluta, não houve desligamento provocado por raios. Na quarta linha, o sistema aponta baixa probabilidade.

“Nesta quarta linha, de 750 kV, temos descargas próximas e de baixa intensidade. Um raio, para produzir o desligamento de tensões dessa órbita, tem que atingir diretamente a linha e precisa de uma intensidade equivalente ao dobro ou triplo da intensidade média de um raio comum”, afirma Pinto Junior.


Ou seja, o coordenador explica que um raio de 70 mil ampères, no mínimo, teria de atingir em cheio a linha para provocar a queda. Em geral, um raio tem 30 mil ampères.



Gráfico divulgado pelo Inpe aponta locais onde foram detectados raios na região da Substação de Itabera, entre 22h05 as 22h20 de terça-feira. As linhas azuis representam as redes de energia. As descargas mais próxima estavam a cerca de 30 km da SE, 10km da linha de 750kV e cerca de 2km da linha de 600kV (Foto: Divulgação/Inpe)


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